Ano que vem (Kaká) 2009
Domingo, 19 de Abril de 2009
Ano que vem
Dormi,
Dizem que é importante esse negócio de futebol.
Mas o intervalo é um saco!
Dormi mesmo.
E daí?
Já sabia.
Não acredito em duendes.
O jornal também já sabia:
- “próximos jogos do Flamengo: Botafogo 19/4, Botafogo 26/4, Botafogo 3/5.”
Dormi.
Podíamos todos termos dormido,
e acordado semana que vem, porque
15 MINUTOS são DEMAIS.
NAO!
Podíamos todos acordar ano que vem,
porque o segundo tempo sempre acontece.
Porque acontece no segundo tempo.
Mas o Flamengo não podia ter feito, não, não, o Flamengo não, o Flamengo é grande demais.
O Botafogo sim! O Botafogo sim, diz não.
Assim:
-“Não quero! Não devo! Não posso!”
-“Não me quero! Não me devo! Não me posso!”
O Botafogo fez:
-”Eu faço! Eu me faço!"
E assim foi.
E assim falou Botafogo, com a sua lanterna na mão pela cidade.
Assim fez-se cidade,
Fez-se ano que vem.
Dizem que é importante esse negócio de futebol.
Mas o intervalo é um saco!
Dormi mesmo.
E daí?
Já sabia.
Não acredito em duendes.
O jornal também já sabia:
- “próximos jogos do Flamengo: Botafogo 19/4, Botafogo 26/4, Botafogo 3/5.”
Dormi.
Podíamos todos termos dormido,
e acordado semana que vem, porque
15 MINUTOS são DEMAIS.
NAO!
Podíamos todos acordar ano que vem,
porque o segundo tempo sempre acontece.
Porque acontece no segundo tempo.
Mas o Flamengo não podia ter feito, não, não, o Flamengo não, o Flamengo é grande demais.
O Botafogo sim! O Botafogo sim, diz não.
Assim:
-“Não quero! Não devo! Não posso!”
-“Não me quero! Não me devo! Não me posso!”
O Botafogo fez:
-”Eu faço! Eu me faço!"
E assim foi.
E assim falou Botafogo, com a sua lanterna na mão pela cidade.
Assim fez-se cidade,
Fez-se ano que vem.
1 comentários:
Um dia antes do jogo, eu pensava: “acho que vou torcer para o Flamengo: antes uma forma de vida escrota do que a morte”. Compartilhei tal intuito com o companheiro Zé que me pedia quase eroticamente: “fala, fala, fala que você vai torcer para o Flamengo”. Uma hora antes, dez minutos, cinco minutos antes do jogo, eu ainda pensava assim: acho que vou torcer para o Flamengo, porra, o Flamengo é superior ao botafogo. Aí começou o jogo. Não consegui ser contra minha própria natureza. Tentei, não consegui e tive que melancolicamente torcer para o botafogo, torcer para Maicosuel. Pensar (delirar): “Maicosuel tem uma fagulha de Garrincha dentro de si... Porque no fundo o que acontece com o botafogo é que ele está pagando o fato de ter tido o jogador mais alegre da história do futebol. Agora tudo é falta, mas um dia, um dia o novo messias virá... “. Até que... Gol. Gol contra do botafogo. Como explicar? Armação? Acaso? Ou teria sido uma afirmação do espírito botafoguense? Não tenho motivação para responder.
Mas Emerson, o zagueiro do gol contra, declarou: “poderia ter acontecido com qualquer um, mas aconteceu comigo. Foi obra do acaso. A bola veio muito rápida em minha direção. Foram milésimos de segundos para pensar, e eu acabei me equivocando. Não era momento para dominar a bola e tentei afastar".
E ninguém cala esse fantasma: não era momento para dominar a bola e tentei afastar... Não era momento para dominar a bola e tentei afastar... Não era momento para dominar a bola e tentei afastar... Não era momento para dominar a bola e tentei afastar...
Quando será o momento para dominar a bola?
Quando o novo messias botafoguense virá?
Algum botafoguense tem, por assim dizer, coragem de responder?