César Cielo - Ayrton Senna das novas gerações (Vil) 2009
Sexta-feira, 31 de Julho de 2009
César Cielo - Ayrton Senna das novas gerações
Esse post é quase um desabafo, uma confissão.
Como todos sabem, tenho 19 anos apenas, ao contrário da maioria dos escritores desse blog, que tem, em média, de 23 a 25 anos.
Vocês, fiéis companheiros, tiveram, em sua alegre infância, um ídolo sensacional, um mito, o maior da história em seu esporte: Ayrton Senna.
Vocês acordavam bem cedo pra vê-lo treinar, correr. Compravam jornais nos dias seguintes das vitórias de Senna - que não foram poucas. Se empolgavam, sorriam, choravam e queriam ser pilotos de F1. Tudo isso por causa de Ayrton.
Porém, eu, diferente de vocês, nunca tive um ídolo tão presente quanto Senna. Pra não ser injusto, saliento a figura de Guga Kuerten, que foi, sim, um grande ídolo para mim, e só não foi mais por conta de seus inúmeros problemas físicos. Mas eu já desejei ser que nem o Guga, claro. Não só eu como 99% dos meninos da minha geração, que começaram a jogar tênis, se empolgaram, se emocinaram e amaram Guga.
Tenho que confessar que desde que Guga não consegue mais jogar em alto nível, os ídolos foram poucos desde então. Posso citar Massa, Ronaldinho Gaúcho, Giba... mas nenhum tão preponderante assim (talvez o Gaúcho, ok).
Mas ontem, diante dos melhores nadadores do mundo, dos mais rápidos, e nadando na principal prova da natação - 100 metros livre -, César Cielo, o nosso Cesão, consolidou sua posição de ídolo. De grande ídolo.
Quando ele ganhou o ouro nos 50 metros livre em Pequim eu estava num bar, já com a visão meio turva, fazendo uma pré do aniversário de um amigo. Assistimos à grande vitória de Cesão numa pequena televisão, e a euforia foi imensa. Lembro como se fosse ontem os cantos/gritos de todos os bêbados daquele bar, puxado por nós: "Cielo! Cielo!". Ganhei aquela noite, apesar de não ter pegado ninguém.
Só que, como a maioria dos brasileiros, achamos que Cesão ganhou a prova pela peculiaridade dessa: tiro curto e, até certo modo, uma loteria.
Mas Cesão foi além ontem. Muito além. Ele conseguiu ganhar dos dois franceses - favoritos dos 100 metros - numa copa do Mundo, consolidou seu nome como grande na natação mundial e, o que mais me emocionou, quebrou o recorde mundial da prova.
Quando vi a sigla WR - World Record - do lado do nome de Cesão, a emoção foi inexplicável. Fiquei pulando como se fosse um gol do Flamengo numa decisão de Libertadores, igual uma criança mesmo. Gritei o nome de Cesão na minha janela algumas vezes, e as pessoas correspondiam e gritavam também pela janela: Cesão é ouro. Não sou nada nacionalista, mas fiz questão de cantar o hino com ele, em uníssono. Eu e muitos outros brasileiros. Brasileiros e fãs número 1 do grande Cesão.
Cesão é o cara. O grande ídolo das novas gerações - e das velhas também.
Fui.
Como todos sabem, tenho 19 anos apenas, ao contrário da maioria dos escritores desse blog, que tem, em média, de 23 a 25 anos.
Vocês, fiéis companheiros, tiveram, em sua alegre infância, um ídolo sensacional, um mito, o maior da história em seu esporte: Ayrton Senna.
Vocês acordavam bem cedo pra vê-lo treinar, correr. Compravam jornais nos dias seguintes das vitórias de Senna - que não foram poucas. Se empolgavam, sorriam, choravam e queriam ser pilotos de F1. Tudo isso por causa de Ayrton.
Porém, eu, diferente de vocês, nunca tive um ídolo tão presente quanto Senna. Pra não ser injusto, saliento a figura de Guga Kuerten, que foi, sim, um grande ídolo para mim, e só não foi mais por conta de seus inúmeros problemas físicos. Mas eu já desejei ser que nem o Guga, claro. Não só eu como 99% dos meninos da minha geração, que começaram a jogar tênis, se empolgaram, se emocinaram e amaram Guga.
Tenho que confessar que desde que Guga não consegue mais jogar em alto nível, os ídolos foram poucos desde então. Posso citar Massa, Ronaldinho Gaúcho, Giba... mas nenhum tão preponderante assim (talvez o Gaúcho, ok).
Mas ontem, diante dos melhores nadadores do mundo, dos mais rápidos, e nadando na principal prova da natação - 100 metros livre -, César Cielo, o nosso Cesão, consolidou sua posição de ídolo. De grande ídolo.
Quando ele ganhou o ouro nos 50 metros livre em Pequim eu estava num bar, já com a visão meio turva, fazendo uma pré do aniversário de um amigo. Assistimos à grande vitória de Cesão numa pequena televisão, e a euforia foi imensa. Lembro como se fosse ontem os cantos/gritos de todos os bêbados daquele bar, puxado por nós: "Cielo! Cielo!". Ganhei aquela noite, apesar de não ter pegado ninguém.
Só que, como a maioria dos brasileiros, achamos que Cesão ganhou a prova pela peculiaridade dessa: tiro curto e, até certo modo, uma loteria.
Mas Cesão foi além ontem. Muito além. Ele conseguiu ganhar dos dois franceses - favoritos dos 100 metros - numa copa do Mundo, consolidou seu nome como grande na natação mundial e, o que mais me emocionou, quebrou o recorde mundial da prova.
Quando vi a sigla WR - World Record - do lado do nome de Cesão, a emoção foi inexplicável. Fiquei pulando como se fosse um gol do Flamengo numa decisão de Libertadores, igual uma criança mesmo. Gritei o nome de Cesão na minha janela algumas vezes, e as pessoas correspondiam e gritavam também pela janela: Cesão é ouro. Não sou nada nacionalista, mas fiz questão de cantar o hino com ele, em uníssono. Eu e muitos outros brasileiros. Brasileiros e fãs número 1 do grande Cesão.
Cesão é o cara. O grande ídolo das novas gerações - e das velhas também.
Fui.
6 comentários:
CIELO É FODAAAA!!!
Ronaldo?
1. Não compartilho do seu entusiasmo pelo Cielo. Gosto dele, mas não tanto assim. Quero dizer, falando em relação ao sentido que vc deu. Mas achei interessante ele chorando infantilmente... Quantos ele tem, afinal? 20? Falando, ele parecer ter uns 13, o que é bastante interessante. Cielo, o ídolo criança. É, ok, talvez nesse aspecto (algo de Phelps, ainda que o Phelps já seja quase retardado), ele é interessante...
2. Achei que todos já tinham concordado que o Ronaldo tem aids...
3. Você esqueceu de mencionar Rubinho. Rubinho deveria ser nosso ídolo. Rubinho afirma o amor por tudo em cada fracasso.
4. Você esqueceu de mencionar Michael Jackson: Michael Jackson é um atleta da deformação. Cielo e o Phelps também: se tem algo de laboratório ali, tem algo de Jackson, o primeiro de uma nova era, na qual vc poderá escolher o corpo q vc quer ter no supermercado...
5. Você esqueceu de mencionar que o Vasco, em tanto que entidade, é além dos ídolos.
Quanto ao Ronaldo eu concordo em termos. Um cara que faz lipo não é meu ídolo.
Além do mais, ídolo = exemplo
1. Cesão tem 23 anos. A infantilidade mencionada é pura emoção. Ele é o cara.
2. Ronaldo tem aids...
3. Ok, eu amo o Rubinho. Ele é tão merdão que eu amo ele.
4. Ok, Michael Jackson é, em potencial, um atleta em (de)formação. Vejam, senhores, eu odeio Michael (Phelps).
5. Vamos não está além nem do Flamengo, quanto mais de algum ídolo como o Cesão.
Né?!
Tem coragem?
Tenho 20 anos, então acho que segundo o seu conceito de geração, eu seria considerada da sua geração. Então também não lembro o que eu fazia quando Senna morreu. Mas não compartilho do seu entusiasmo com César Cielo. Prefiro Michael Phelps. E dos novos esportistas brasileiros, gosto da Jade Barbosa da ginástica olímpica - porque ela não finge que está tudo bem.
A cada apresentação parece que ela fala – Eu não tenho chance, eu sou brasileira, subdesenvolvida, eu não tomo drogas tão potentes quanto as competidores dos países desenvolvidos, eu vou tentar, mas eu nem tenho certeza do porque de todo esse esforço.
Jade Barbosa é o anti-atleta. Ela treina como um atleta e tem uma vida de atleta só para mostrar para todos nós, não atletas, que nem todo atleta é afirmativo, nem todo atleta é bom competidor (vide Diego Hypolito dizendo: Na próxima vez vou ser melhor, blábláblá). Ela quer mostrar que perante os geneticamente privilegiados (mesmo que em laboratório) os apenas esforçados não tem chance. Então ela sabe que a cada apresentação será revelado seu lugar de número 2, 3, 4, 5... e ela não vai fingir que está tudo bem. Ela vai mostrar todo o seu descontentamento não apenas com ela mesma e com o seu corpo, mas também com o seu estatuto de mulher, brasileira e com o próprio estatuto de ser humano, mortal e falho. É como se ela dissesse, como Drummond, Meu Deus, por que me abandonaste /se sabias que eu não era Deus/ se sabias que eu era fraco. A cada apresentação ela fraqueja, ela pergunta a Deus o porque do sofrimento, ela pergunta a nós telespectadores o porque do esporte.
Rafael, me adiciona no msn, sou eu o Guido da colônia
guidopaesleme2@hotmail.com