Entrevistas (Vil) 2009
Sábado, 31 de Janeiro de 2009
Entrevistas
Amigos apaixonados por Futebol!
Decidi chamar a atenção de todos para algo bem curioso: a evolução das entrevistas de jogadores de Futebol durante o tempo.
Trecho da entrevista do goleiro Manga, do Botafogo, por volta da década de 1960, na sexta-feira que antecedia o clássico de domingo contra o Flamengo: "Já mandei a mulher caprichar na feira, pois o bicho está garantido". Apenas imaginem a polêmica que geraria hoje em dia se o Renan falasse isso numa sexta-feira antes do clássico de domingo contra o Flamengo.
Trecho da entrevista do Romário na da década de 1990, na época jogador do Vasco, sobre seu "companheiro" de time Edmundo, que afirmara durante a semana que Eurico Miranda era o rei e Romário o príncipe do Vasco: "Agora a corte está completa; o rei, o príncipe e o bobo."
Trecho da entrevista de qualquer jogador na década de 2000: "É, se Deus quiser nóis vai conseguir passar pelo adversário, que é bastante forte (time da série C), marca muito bem atrás da linha da bola e vai nos dar trabalho. Se Deus quiser a gente vai conseguir essa vitória, graças a Deus."
Repararam a inteligência das respostas antigamente? Repararam que os jogadores não tinham pudor em dar entrevistas descontraídas, não temiam a polêmica? E hoje em dia, reparam que as respostas são sempre as mesmas? Enlatadas, prontas, pouco inteligentes. Parece que eles não levavam o Futebol tão a sério antigamente. Mas, na verdade, eles levavam a sério, sim. Só que não era mecanizado como hoje em dia. Agora eu vos pergunto: o Futebol deve ser tão certinho, mecanizado e cheio de respeito pelo adversário como é hoje em dia? Porque se algum jogador do São Paulo dá uma entrevista dessas amanhã, falando que o São Paulo vai atropelar o adversário e que o bicho está garantido, o Muricy Ramalho é capaz de matar esse infeliz. Vai falar que está desfocando o grupo, que está desrespeitando o adversário, e blá blá blá. Fora que a imprensa sempre faz um espalhafato se há alguma declaração polêmica de algum dos lados antes de um jogo importante - ou não -, dizendo que não há respeito pelo adversário, que os jogadores querem provocar a briga entre as torcidas...
Ou seja, imprensa e profissionais da bola estão levando o Futebol para algo muito mecânico, sem sal, previsível. Uma pena que nós não tenhamos nascido antes, quando o Futebol era um esporte mais livre, leve, solto. Mas não podemos reclamar tanto; vimos, pelo menos, Romário e Viola darem entrevistas por aí.
Fui, apaixonados!
Decidi chamar a atenção de todos para algo bem curioso: a evolução das entrevistas de jogadores de Futebol durante o tempo.
Trecho da entrevista do goleiro Manga, do Botafogo, por volta da década de 1960, na sexta-feira que antecedia o clássico de domingo contra o Flamengo: "Já mandei a mulher caprichar na feira, pois o bicho está garantido". Apenas imaginem a polêmica que geraria hoje em dia se o Renan falasse isso numa sexta-feira antes do clássico de domingo contra o Flamengo.
Trecho da entrevista do Romário na da década de 1990, na época jogador do Vasco, sobre seu "companheiro" de time Edmundo, que afirmara durante a semana que Eurico Miranda era o rei e Romário o príncipe do Vasco: "Agora a corte está completa; o rei, o príncipe e o bobo."
Trecho da entrevista de qualquer jogador na década de 2000: "É, se Deus quiser nóis vai conseguir passar pelo adversário, que é bastante forte (time da série C), marca muito bem atrás da linha da bola e vai nos dar trabalho. Se Deus quiser a gente vai conseguir essa vitória, graças a Deus."
Repararam a inteligência das respostas antigamente? Repararam que os jogadores não tinham pudor em dar entrevistas descontraídas, não temiam a polêmica? E hoje em dia, reparam que as respostas são sempre as mesmas? Enlatadas, prontas, pouco inteligentes. Parece que eles não levavam o Futebol tão a sério antigamente. Mas, na verdade, eles levavam a sério, sim. Só que não era mecanizado como hoje em dia. Agora eu vos pergunto: o Futebol deve ser tão certinho, mecanizado e cheio de respeito pelo adversário como é hoje em dia? Porque se algum jogador do São Paulo dá uma entrevista dessas amanhã, falando que o São Paulo vai atropelar o adversário e que o bicho está garantido, o Muricy Ramalho é capaz de matar esse infeliz. Vai falar que está desfocando o grupo, que está desrespeitando o adversário, e blá blá blá. Fora que a imprensa sempre faz um espalhafato se há alguma declaração polêmica de algum dos lados antes de um jogo importante - ou não -, dizendo que não há respeito pelo adversário, que os jogadores querem provocar a briga entre as torcidas...
Ou seja, imprensa e profissionais da bola estão levando o Futebol para algo muito mecânico, sem sal, previsível. Uma pena que nós não tenhamos nascido antes, quando o Futebol era um esporte mais livre, leve, solto. Mas não podemos reclamar tanto; vimos, pelo menos, Romário e Viola darem entrevistas por aí.
Fui, apaixonados!
3 comentários:
a mais pura verdade
Concordo.
Mas aponto que Rodrigo Pimpão é uma exceção interessante.
Pois é, Moireira, eu pensei em falar do Rodrigo Pimpão. Só que eu decidi citar apenas quem jogava bola de verdade, porque falar é fácil.
Mas o grande Pimpão ainda tem muito o que mostrar, vamos ver. Que fase a do Vasco!